segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

31 #Marmorista

A história da minha família teve e tem intima relação com rochas compostas de quartzo, feldspato e mica e/ou por outras compostas de calcita ou dolomita. Desculpem, é a Geologia falando mais alto. Eu quis dizer que até hoje tenho familiares que ganham seu pão no setor de granitos e mármores. Embora eu seja biólogo, conheço pelo menos meia duzia de "pedras" (vou chamar assim, pois é um termo mais popular. Geologicamente falando, o correto seria chamá-las de rochas!) muito bem. Que marmoraria iria negar trabalho para alguém com essa ligação tão intima? Bem, várias negaram, pois acharam que eu seria espião de alguma concorrente. Entretanto, o Seu Amparo,  da "Marmoraria F.L.", acreditou em meu potencial e foi logo me colocando para o serviço de identificação e separação das pedras. Elas até estavam enfileiradas, mas com tanto entulho em volta, ficava difícil me aproximar delas para identificar. Notei um cabo de aço bem enferrujado rodeando todas as pedras. Como ele não parecia estar sob pressão, eu decidi cortá-lo com um alicate grande que encontrei por lá. O problema é que o cabo tinha  pressão. E só tinha, pois estava amarrando todas as placas. E aí vocês já sabem o que aconteceu, não? Todas elas caíram em um efeito dominó. Aquilo subiu um pó, mas um pó que por alguns minutos, dificultou a visão geral. Quando passou, era pedra quebrada para todos os lados. O Seu Amparo chorava e eu me desculpava, é claro, mas ao mesmo tempo, dizia a ele que poderia trabalhar com os cacos fazendo chão, mosaicos etc. Mas não teve jeito! Voltei pra rua. E viva o papel do MARMORISTA! #UmBicoPorDia  

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