sábado, 17 de janeiro de 2015

43 #Feirante

Lima, pêra, seleta, bahia...essas são as laranjas tradicionais que acompanham nossa vida. Iniciamos com a laranja-lima, pêra e por aí vamos indo de suco em suco. Eu estudei a Botânica (a ciência das plantas) e sei identificar bem um fruto. Então trabalhar com eles, não seria problema nenhum. Graças ao Sr. Nicola, um italiano de Araraquara (SP), a capital mundial da laranja, peguei o bico de FEIRANTE. Como ele teria que viajar para visitar a família, me deixou responsável (olhem só) por sua banca, junto com seu filho. Ele nem me conhecia direito, e eu já estava dividindo a responsabilidade por sua banca. Enfim, foi com a minha cara, claro! O serviço não tinha muito mistério. Eu deveria apenas separar as variedades, organizar a bancada e vender. O quilo baixou e as vendas estavam indo muito bem. Mas se não fosse por um descuido meu, no momento da montagem da banca, a bancada não teria virado e as laranjas não seriam libertadas por rua abaixo. Pareciam aqueles provas com barreiras. As pessoas subindo a rua e as laranjas descendo e atropelando que estivesse no caminho. Um idoso tomou uma laranja-bahia na cabeça, um casal foi atingido por várias limas, um menino tropeçou em uma bahia e caiu sentado em duas pêras. Era um tal de laranja quicando pela rua, que vocês não fazem idéia! Rs (desculpem, mas na hora foi um pouco engraçado) O filho do Sr. Nicola, o Nicolinha, que estava ali junto comigo, me chamou de bagaço e disse para que eu tentar ganhar a vida em outro lugar, porque com laranjas o prejuízo já estava alto. Não deu nem tempo de eu praticar o meu slogan de feira, pô! E viva o papel do feirante! #UmBicoPorDia

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