sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

56 #Cozinheiro

Embora eu goste muito de cozinhar e de aprender como faz isso ou aquilo, ainda me considero um estagiário nessa arte. Mãe, avô, tia, sogra, sogro, amigo, amiga...são muitas as referências que observei e observo para aprender mais. Estou mais para a cozinha experimental. Experimental no sentido de não seguir receita e ter pouco controle no que vai dar no prato. É comível ou imprestável? Gosto de arriscar e usar a sensibilidade para combinar e poder definir pela garfada. Bom, eu espero que tenha sido essa a razão que a Dona Leci, uma cozinheira de mão cheia, ou melhor, de mãos cheias, me convidou para testar minhas entradas vegetarianas em seu restaurante, o Miranda. A tradição de lá é a cozinha brasileira. Coisa fina. Caseira, né! Eu confesso que estava nervoso, pois além de não saber como a freguesia iria receber minhas entradas, também tinha dúvidas sobre o meu cardápio. Respirei fundo e decidi começar a fazer um por semana, assim teria como ir ajustando um a um. Escolhi começar pela "bruschetta de ricota, limão siciliano e cebolinha". Entrada definida, vamos então aos ingredientes:
1 xícara (chá) de ricota fresca esmigalhada com o garfo
1 colher (sopa) de casca de limão ralada
4 colheres (sopa) de azeite extravirgem
1 baguete pequena de pão italiano ou de pão francês cortada em fatias diagonais de 1,5 cm de espessura
6 colheres (sopa) de cebolinha picada
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Juntei tudo e fui fazendo. Com mais segurança, foi relaxando. Eu sõ não podia deixar o pão passar demais no forno. Ele tinha que ficar crocante e não carbonizado como na última vez. Deu tudo certo. A receita seria "tiro e queda", especialmente se estivesse harmonizando com uma boa cerveja ou um bom vinho branco ou rose. Os fregueses começavam a chegar, ou seja, chegava a hora da prova da entrada. E acreditem, eles não só gostaram, como pediram que eu repetisse em algumas mesas. Minha cara de felicidade era nítida. Tão nítida que um cliente que discutia com sua esposa, achou que eu estava rindo de sua cara. O cara ficou tão possesso que eu tive que pegar um pão italiano para me defender. Não adiantou muito. Enquanto eu fugia, ia pegando o que encontrava pela frente para jogar para trás. Numa das mesas, um garçom se preparava para cortar um melão. Adivinhe só o que aconteceu? Peguei o melão e rolei para trás. O problema foi eu ter atingido o marido da Dona Leci, e não o freguês irado. Eu pedi desculpas, mas não teve jeito, pois a Leci disse que eu deveria ficar servindo café e não jogando comida pelo restaurante. Como lá não tinha café, fui pra rua junto com o casal briguento. Já mais calmos, principalmente o marido, convidei os dois para tomar um café. Eles aceitaram e tudo terminou numa boa! E viva o papel do COZINHEIRO! #UmBicoPorDia

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