quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

48 #Pipoqueiro

É claro que eu já tive muitas pipocadas, ou seja, meus momentos de medo. Entretanto, não sou daquelas pessoas que desistem de fazer algo porque estão com medo das consequências. Apesar que depende muito de quais são essas consequências, é claro. Quem me conhece sabe que sou um cara pacífico. Para me deixar muito nervoso, a temperatura tem que subir demais. Assim como o grão de milho de pipoca, que estoura na panela que está no fogo. Poucas vezes eu estourei. Mas eu não estou aqui para uma sessão terapia, mas para contar a vocês como foi o meu bico de hoje. E ele tem tudo a ver com o pipocar, já que graças ao grão de milho, existe a pipoca e o clássico, PIPOQUEIRO. Queimada ou não, todo mundo já fez pipoca em casa. Sendo assim, esse seria um bico tranquilo de se fazer. Colocar o óleo, esperar esquentar, jogar o milho e mexer para não queimar, não é nenhum "bicho de sete cabeças", certo?Errado, pois para queimar, basta estar bem desatento. Eu estava voltando pra casa pela Avenida Paulista, a via mais famosa de São Paulo, quando encontrei o Seu Firmino, o pipoqueiro com atuação mais antiga do pedaço. Já fazia tempo que eu queria comer uma pipoca doce, então logo que o vi, parei e pedi uma. Enquanto comia, vi um cartaz fixado no seu carrinho, que dizia: "Precisa-se de pipoqueiro". Não pensei duas vezes, o chamei de lado e me ofereci para o cargo. Ele perguntou se eu já tinha trabalhado com pipoca. Eu disse que embora só tenha a a experiência de ter  comido, sempre tive curiosidade para saber como se faz a pipoca doce. Pela curiosidade, por eu ser um cliente antigo e por ele precisar sair para resolver uns problemas, ele decidiu me dar esse bico. Depois de explicar o "beabá" da pipoca, deixou o carrinho comigo e foi resolver seus pepinos. Eu estava bem entusiasmado e mantendo a receita a risca. Ai a pipoca acabou. Eu precisava fazer mais. Peguei os ingredientes e comecei a montar a nova safra, simples. De repente um pipoca estoura como se desse sinal para as outras fazerem o mesmo. Parecia um tiroteiro. Principalmente pelo fato da panela estar destapada. Destampada? Putz! Esqueci de colocar a tampa! E naquela hora nem tinha o que fazer, pois chegar perto de uma panela em erupção é tomar pipocada na cara. Era um tal de pipoca alvejando quem passava pela calçada, que é só vendo. Eu nem tinha o que fazer, a não ser ir pedindo desculpas conforme cada pipoca se projetava da panela. O Seu Firmino parece até que pressentiu, pois logo estava de volta. Disse para mim que se eu fosse um milho, ele teria o prazer de me torrar. Uia. Viva o papel do pipoqueiro! #UmBicoPorDia    

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